António Lobo Antunes

Falemos de António Lobo Antunes e dos seus traços de personalidade (...). Ou melhor, deixemos ser Laurinda Alves a falar dele numa bela crónica, intitulada “É bom beijar um homem e eu não sabia” (“I”, 24/25 Outubro 2009), sobre uma entrevista dada na RTP a Judite de Sousa. Escreve ela, a certa altura:
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“António Lobo Antunes, o escritor que não gosta de falar de si nem gosta particularmente de ser entrevistado, aceitou ir ao programa de Judite de Sousa na quinta-feira passada e deu uma entrevista colossal. Falou de livros e escritas, hábitos e gostos, amigos e programas, e também de homens e mulheres marcantes na sua vida. Disse coisas maravilhosas naquele seu tom grave, meio surdo. De quem por princípio desconfia mas acaba sempre por demonstrar uma ternura fundamental. (…) Falaram sobre tempos antigos e coisas de agora, divagaram sobre o sentido da vida, nomearam Deus e elevaram a conversa a níveis de transcendência. Tocaram fatalmente nas questões que envolveram a doença e a convalescença do escritor. ‘O que passei a fazer diferente? Olhe, passei a beijar os meus amigos. É bom beijar um homem e eu não sabia’”. Aqui

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